Escassez de Chips em 2026: Impactos em Celulares e Notebooks
A indústria de tecnologia se prepara para um desafio significativo em 2026: a escassez global de chips deverá impactar diretamente celulares e notebooks, acarretando dispositivos mais caros e com desempenho reduzido. Especialistas e fabricantes já alertam para essa crise, que deve afetar fortemente os consumidores brasileiros.
Principais Causas da Escassez de Chips em 2026
Desde 2020, a indústria de semicondutores enfrenta dificuldades decorrentes da pandemia, aumento acelerado da demanda por eletrônicos, problemas logísticos e a crescente adoção de inteligência artificial (IA), que demanda chips de alta performance. Em 2026, esse quadro se agrava devido à priorização da produção de memórias avançadas, como HBM e DDR5, focadas em data centers e aplicações de IA. Isso limita a produção de chips convencionais usados em celulares e notebooks. Construir e otimizar fábricas de semicondutores exige anos, impossibilitando rápida expansão produtiva.
Segundo a reportagem da EXAME, grandes players como Samsung, SK Hynix e Micron confirmam que a oferta de chips DRAM e NAND para o mercado tradicional deve ser reduzida em 2026, pressionando preços e disponibilidade.
Impactos Diretos em Celulares e Notebooks
1. Elevação nos preços dos dispositivos
O consumidor deve enfrentar aumento nos preços de smartphones e notebooks, com projeção de até 20% de alta no Brasil já no primeiro trimestre de 2026, conforme a Samsung. Globalmente, os preços dos módulos de memória essenciais para esses dispositivos devem subir entre 20% e 50%, refletindo no custo final.
2. Redução no desempenho e capacidade
Para controlar custos, fabricantes provavelmente reduzirão memória RAM e armazenamento em modelos de entrada e intermediários. Assim, dispositivos lançados em 2026 podem oferecer configurações inferiores, mantendo preços competitivos, porém comprometendo o desempenho. Gerry Chen da TeamGroup confirma essa tendência.
3. Maior impacto em modelos básicos e intermediários
Dispositivos topo de linha, que utilizam memórias DDR5, serão menos afetados, pois essa linha é direcionada para mercados premium e IA. Já celulares e notebooks básicos, que dependem de memórias DDR4 ou LPDDR4, sofrerão mais com a escassez devido ao foco na produção de chips avançados.
4. Menor diversidade e possíveis atrasos nos lançamentos
A escassez pode levar fabricantes a postergar lançamentos ou reduzir volumes, limitando opções e estoques para consumidores.

Consequências para Consumidores Brasileiros
- Aumento dos preços de celulares, notebooks e outros eletrônicos, previsão de até 20%.
- Configurações reduzidas em modelos populares, impactando desempenho real.
- Estoques limitados dificultando promoções e acesso a dispositivos mais acessíveis.
- Importância do planejamento antecipado para evitar prejuízos financeiros.
Empresas como Apple, Samsung e Lenovo já adotam estoques estratégicos para minimizar o impacto, porém fornecedores menores enfrentam dificuldades.
Recomendações para Consumidores
- Antecipe a compra de smartphones e notebooks ainda em 2025, aproveitando preços e oferta mais favoráveis.
- Avalie suas necessidades reais e considere investir em modelos intermediários ou topo de linha para melhor equilíbrio entre custo e desempenho.
- Acompanhe promoções e estoques para otimizar o momento da compra.
- Considere alternativas como tablets, aparelhos recondicionados e notebooks simples para reduzir gastos.
Considerações Finais
A escassez de chips de memória em 2026 traz desafios técnicos e econômicos, com celulares e notebooks mais caros e, muitas vezes, menos potentes. O histórico da indústria mostra adaptação a crises, mas o consumidor precisa planejar cuidadosamente suas compras para garantir o melhor custo-benefício. Estar informado e preparar o orçamento são passos essenciais para enfrentar esta fase com segurança.

