Com casos ao redor do mundo, o novo coronavírus tem transformado a forma como as empresas trabalham. Companhias dos mais diversos setores já incluíram o home office na rotina dos colaboradores. Essas companhias estão adotando, talvez pela primeira vez, uma rotina que há muito é considerada normal para algumas empresas.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Anual: Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2012-2018, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em dezembro do ano passado, houve um forte incremento de pessoas trabalhando em casa nos últimos anos, no Brasil. Entre 2016 e 2017, o número de trabalhadores cujo local de trabalho era o domicílio aumentou 16,2%. Entre 2017 e 2018, a expansão foi maior, atingindo 21,1%.
A internet, as plataformas de videoconferência, a computação e o armazenamento em nuvem são alguns dos pontos que tornam possível que alguns trabalhos sejam feitos remotamente. Esse cenário não seria possível há algumas décadas, o que poderia impactar ainda mais a economia do Brasil e do mundo. Além do trabalho remoto, escolas estão fechando e aulas estão sendo assistidas online.
As maiores empresas do mundo já aderiram à prática. Neste mês, companhias como Google, Facebook, Apple e Twitter anunciaram novas políticas e recomendações para garantir que colaboradores em diversos países não sejam afetados pela pandemia.
Como o RH deve se posicionar?
A modalidade laboral do teletrabalho, ou trabalho remoto, não tem controle sobre a jornada trabalhada. Ao contrário, o ‘home-office’ pode ser controlado. Na circunstância da epidemia de coronavírus, o home-office vai se equiparar ao trabalho externo.
O empregado está à disposição do empregador e, nesse caso, o empregador pode adotar um controle de horário através de controle manual ou pode fazer uma planilha de Excel, onde o empregado pode marcar o horário de trabalho dele. Não vai haver uma fiscalização presencial, mas pode haver uma fiscalização através de documento. Nesse aspecto, isso é perfeitamente válido.
Caso a situação venha a se agravar no Brasil e as autoridades da saúde digam que é alarmante, a tendência, como já acontece no mundo, é o home-office ser adotado pelas empresas.
Para os RHs, isso significa uma mudança de paradigma. A forma como as empresas estão lidando com os fatos que estão acontecendo agora irá definir seus futuros — e isso inclui a forma de trabalhar. Portanto, é importante que os setores de recursos humanos estejam abertos e aptos para inovar.
Para quem experimentará esse modelo pela primeira vez, preparamos algumas dicas:
- Tempo
Ative despertadores com horários de início e término da jornada. Também conte, no relógio, o tempo destinado à refeição. É importante alinhar o tempo com chefe e equipe para reportes rotineiros e eventuais reuniões virtuais. - Vestuário
Vista roupas formais, como um dia normal no escritório — isso ajuda o cérebro a “entender” que é hora de trabalho e não de relaxamento, além de evitar surpresas, caso você precise fazer uma chamada de vídeo de repente. - Local
Sente-se com postura em um ambiente apropriado, com mesa e cadeira em alturas confortáveis. Tente ficar em um cômodo propício para isso, com uma escrivaninha, e sem televisão e “entra e sai” de terceiros.
Se não for possível, o jeito é usar a mesa de jantar ou da cozinha mesmo — mas lembre-se de desligar a televisão e tirar de vista objetos que possam causar distração, como o telefone da casa. - Foco
Como é mais fácil se distrair em casa, adote truques que ajudam a manter a concentração como listar tarefas e definir um tempo para cada uma delas — e vá riscando a medida que elas forem sendo cumpridas. - Alimentação
Pare para comer no horário habitual e não faça refeições pesadas e nutritivamente baixas que você não faria se estivesse no escritório. Antes de começar a trabalhar, deixe uma garrafa de água ao seu alcance e encha quando achar necessário.
Com informações da Agência Brasil